Vó curava os dias tristes com bolinhos de chuva e esticava as manhãs leves com broas de milho. Cair de bicicleta dava em galinhada; perder um dentes, em sorvete de nata. E para dor de saudade, vó? Ela sabia que, para isso, não havia receita, pois durante anos tentara cozinhar a perda do vô. E jogou o soluçar do neto no ombro, tirando o amargo de sua boca e enganando o vazio.
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